AACN: teste cognitivo pode prevenir novas deficiências em pacientes pós-UTI
Avaliar pacientes com déficit cognitivo antes da alta hospitalar pode ajudar na identificação daqueles que correm maior risco de desenvolver novas deficiências físicas graves no pós-UTI. É o que diz um estudo realizado por pesquisadores do Montefiore Medical Center, nos Estados Unidos, — e publicado no American Journal of Critical Care (AJCC), um periódico da American Association of Critical-Care Nurses (AACN). Os resultados mostraram que que cerca de 30% dos pacientes em estado crítico não conseguiram completar uma avaliação simples de triagem para mensuração do comprometimento cognitivo no momento de sua alta do hospital.
A equipe também descobriu que cerca de 47% dos pacientes sobreviventes que foram capazes de completar a avaliação neste ponto inicial de sua recuperação pontuaram em um nível consistente com comprometimento cognitivo grave. Tanto os resultados das avaliações físicas e cognitivas quanto as variáveis hospitalares foram coletados por meio de revisão dos prontuários médicos de mais de 423 pacientes, participantes de dois estudos anteriores: 213 completaram os testes no momento da alta hospitalar; seis meses depois, 17,4% morreram e 23,3% dos sobreviventes apresentaram nova incapacidade grave com base em suas avaliações iniciais no hospital.
Dos 107 sobreviventes que não conseguiram completar uma das avaliações durante a alta hospitalar, 43,9% tiveram o comprometimento cognitivo como o principal motivo. Após seis meses, 26,2% morreram e 38% tiveram nova incapacidade grave. De acordo com o residente do hospital Montefiore e coautor do estudo, Gerardo Eman, a alta hospitalar após internação por doença crítica é apenas o primeiro passo da recuperação do paciente. “As avaliações iniciais e contínuas dos sobreviventes da unidade de terapia intensiva são cruciais para desenvolver planos de tratamento pós-UTI e melhorar os resultados a longo prazo”, explicou o pesquisador.
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