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De acordo com os pesquisadores, a recuperação do paciente está diretamente ligada ao seu desempenho cognitivo durante a internação e após a alta hospitalar (imagem: iStock). De acordo com os pesquisadores, a recuperação do paciente está diretamente ligada ao seu desempenho cognitivo durante a internação e após a alta hospitalar (imagem: iStock).
AACN: teste cognitivo pode prevenir novas deficiências em pacientes pós-UTI
  • Notícia
  • Ciências da Saúde
  • 02/08/2022
  • AACN, American Association of Critical Care Nurses, Cognição, DotLib, Enfermagem, UTI

Avaliar pacientes com déficit cognitivo antes da alta hospitalar pode ajudar na identificação daqueles que correm maior risco de desenvolver novas deficiências físicas graves no pós-UTI. É o que diz um estudo realizado por pesquisadores do Montefiore Medical Center, nos Estados Unidos, — e publicado no American Journal of Critical Care (AJCC), um periódico da American Association of Critical-Care Nurses (AACN). Os resultados mostraram que que cerca de 30% dos pacientes em estado crítico não conseguiram completar uma avaliação simples de triagem para mensuração do comprometimento cognitivo no momento de sua alta do hospital.

A equipe também descobriu que cerca de 47% dos pacientes sobreviventes que foram capazes de completar a avaliação neste ponto inicial de sua recuperação pontuaram em um nível consistente com comprometimento cognitivo grave. Tanto os resultados das avaliações físicas e cognitivas quanto as variáveis hospitalares foram coletados por meio de revisão dos prontuários médicos de mais de 423 pacientes, participantes de dois estudos anteriores: 213 completaram os testes no momento da alta hospitalar; seis meses depois, 17,4% morreram e 23,3% dos sobreviventes apresentaram nova incapacidade grave com base em suas avaliações iniciais no hospital.

Dos 107 sobreviventes que não conseguiram completar uma das avaliações durante a alta hospitalar, 43,9% tiveram o comprometimento cognitivo como o principal motivo. Após seis meses, 26,2% morreram e 38% tiveram nova incapacidade grave. De acordo com o residente do hospital Montefiore e coautor do estudo, Gerardo Eman, a alta hospitalar após internação por doença crítica é apenas o primeiro passo da recuperação do paciente. “As avaliações iniciais e contínuas dos sobreviventes da unidade de terapia intensiva são cruciais para desenvolver planos de tratamento pós-UTI e melhorar os resultados a longo prazo”, explicou o pesquisador.

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