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Confira as últimas descobertas científicas publicadas em um dos mais renomados periódicos de Medicina do mundo (imagem: Canva). Confira as últimas descobertas científicas publicadas em um dos mais renomados periódicos de Medicina do mundo (imagem: Canva).
3 estudos JAMA sobre COVID-19 mais lidos em abril
  • Artigo
  • Ciências da Saúde, COVID-19
  • 20/04/2023
  • COVID-19, DotLib, JAMA, JAMA Network, Medicina, Pesquisas

Após três anos do início da pandemia, o mundo se encontra em um cenário totalmente diferente. De acordo com o painel do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass), o Brasil chegou a registrar a taxa de 201 óbitos por 100 mil habitantes em 2021; em 2022 caiu para 36 e, no primeiro trimestre de 2023, estabilizou em 3.

Mas o controle da doença só foi possível graças ao desenvolvimento em tempo recorde de testes, procedimentos, vacinas e medicamentos capazes de combater muitas das variantes da COVID-19 e conferir alguma proteção contra outras. Paralelo a isso, os cientistas têm acompanhado a evolução das cepas e a eficácia dos imunizantes, o que permitiu aprimorá-los para uma proteção mais abrangente por meio das atuais vacinas bivalentes.

Ainda que o pior já tenha passado para a maioria das pessoas, o meio científico continua a trabalhar em estratégias de prevenção e tratamento para os grupos de risco e, direta ou indiretamente, atua no combate à desinformação por meio de novos estudos e revisões. Pensando nisso, a Dot.Lib traz os três artigos mais recentes e acessados no JAMA para você se manter bem-informado sobre o tema. Confira a seguir.

Efeito da ivermectina em 6 dias

vários potes enfileirados com os rótulos indicando serem de ivermectina

Imagem: iStock.

Três grandes ensaios ambulatoriais randomizados realizados com pessoas diagnosticadas com COVID-19 sintomático leve ou moderado não conseguiram identificar um benefício clínico da ivermectina quando administrada em 400 μg/kg diariamente por 3 dias. Até então, a hipótese era a de que a dose e a duração estudadas fossem muito baixas e curtas, limitando a janela terapêutica para a ivermectina.

Porém, um estudo publicado em fevereiro de 2023 avaliou se a dosagem máxima de ivermectina poderia encurtar a duração dos sintomas de COVID-19 ou prevenir a hospitalização ambulatorial em quadros leves a moderados da doença. Para isso, foram avaliados 1.206 participantes dos Estados Unidos, com mais de 30 anos e que apresentavam, ao menos, dois sintomas de infecção aguda por até 7 dias. Todos os pacientes receberam 600 μg/kg do medicamento durante seis dias.

Os resultados mostraram que o tempo médio de recuperação foi de 11 a 12 dias tanto no grupo 1 (dos que receberam a ivermectina), quanto no grupo 2 (dos que receberam o placebo). Além disso, o grupo 1 registrou 5,7% hospitalizações ou atendimento de urgência / emergência em comparação com 6% do grupo 2. No grupo do fármaco, 1 participante faleceu e 4 foram hospitalizados (0,8%); já no do placebo, 2 participantes (0,3%) foram hospitalizados no grupo placebo e não houve óbitos.

Para mais detalhes, acesse o estudo completo aqui.

Internação por COVID-19 versus influenza sazonal

COVID-19: homem deitado em uma cama de hospital com um médico ao seu lado

Imagem: Canva.

Esta pesquisa descobriu que a hospitalização de idosos pela COVID-19 durante o outono e o inverno de 2022 a 2023 nos Estados Unidos teve maiores taxas de óbitos do que o grupo dos hospitalizados pela influenza sazonal. No entanto, a diferença nas taxas de mortalidade entre as doenças parece ter diminuído desde o início da pandemia: para o novo coronavírus, foi de 17% a 21% em 2020 para 6% neste estudo; para a influenza foi de 3,8% em 2020 para 3,7% neste estudo.

Para chegar a esses números, os pesquisadores usaram o banco de dados eletrônicos de saúde do Departamento de Assuntos de Veteranos dos Estados Unidos. Foram considerados apenas os dados de pacientes que tivessem, ao menos, um registro de internação hospitalar entre 2 dias antes e 10 dias após um resultado positivo para SARS-CoV-2 ou influenza e um diagnóstico de admissão para uma das duas doenças. Os 143 participantes hospitalizados com ambas as infecções foram removidos.

Os resultados mostraram que, em 30 dias, houve 8.996 internações e 538 mortes por COVID-19 e 2.403 hospitalizações e 76 mortes por influenza sazonal. Nas duas doenças, os mais afetados foram homens (95%) com média de idade de 73 anos. O risco de morte diminuiu com o número de vacinações contra a COVID-19.

Para mais detalhes, acesse o estudo completo aqui.

Nirmatrelvir na COVID longa

COVID-19: um médico com a mão protegida com luva segurando várias cápsulas de medicamento

Imagem: Canva.

Publicado no JAMA Internal Medicine em março deste ano, um estudo de coorte descobriu que o tratamento com nirmatrelvir dentro de 5 dias após um resultado positivo no teste de SARS-CoV-2 foi associado a redução risco de COVID longa. O achado sugere, inclusive, que o fármaco administrado durante a fase aguda da doença pode reduzir o risco de resultados adversos pós-agudos à saúde independentemente do estado de vacinação e histórico de infecção.

Participaram do estudo um total de 281.793 pacientes, com idade média de 61 e 62 anos, sendo que 86% são do sexo masculino. Todos testaram positivo no teste para SARS-CoV-2 e possuíam, pelo menos, um fator de risco de progressão para COVID-19 grave. Entre eles, 246.076 não receberam tratamento antiviral ou anticorpo para COVID-19 durante a fase aguda da infecção por SARS-CoV-2 e 35.717 receberam nirmatrelvir oral dentro de 5 dias após o resultado positivo do teste SARS-CoV-2.

De acordo com os resultados, o medicamento foi associado a um risco reduzido de COVID longa, diminuindo as chances de surgimento de 10 das 13 pós-sequelas agudas, entres elas: disritmia e cardiopatia isquêmica, embolia pulmonar e trombose venosa profunda, fadiga e mal-estar, doença renal aguda, dor muscular, comprometimento neurocognitivo e disautonomia e falta de ar. O nirmatrelvir também reduziu as hospitalizações e mortes pós-agudas tanto em pessoas vacinadas e com reforço, quanto em não-vacinadas e em pessoas com infecção primária por SARS-CoV-2 ou reinfecção.

Para mais detalhes, acesse o estudo completo aqui.

Sobre o JAMA

COVID-19: logo da American Medical Association

Imagem: American Medical Association / Dot.Lib.

O JAMA Network é o periódico oficial da renomada American Medical Association (AMA) que, há mais de 160 anos, representa o que há de melhor e mais atual na Medicina. O periódico é dividido por especialidades e oferece aos leitores informações médico-científicas baseadas em evidências, um fórum de discussão sobre o futuro da prática da Medicina e da saúde pública e ferramentas de apoio à prática clínica.

Além disso, é possível ter acesso aos arquivos de produções científicas nas áreas de neurologia e psiquiatria de 1919 a 1959 e ao The JAMA Network Backfiles, que recupera as edições mais antigas do journal, desde sua primeira publicação em 1883.

Se você quer conhecer o portfólio do JAMA Network e deseja incorporá-lo na sua pesquisa ou na sua instituição, contate-nos pelo e-mail info@dotlib.com ou preencha o formulário clicando aqui. Para mais dicas como essas, siga-nos nas redes sociais, acompanhe o nosso blog e fique atento aos tutoriais em vídeo no canal oficial da Dot.Lib no Youtube, a Dotlib TV.

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