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Dos resfriados até a asma, saiba quais são as enfermidades mais propagadas durante o período mais frio do ano (imagem: Canva). Dos resfriados até a asma, saiba quais são as enfermidades mais propagadas durante o período mais frio do ano (imagem: Canva).
Saúde no inverno: conheça as doenças mais comuns da estação
  • Artigo
  • Ciências da Saúde
  • 05/07/2024
  • Asma, BMJ Best Practice, Doenças sazonais, DotLib, Gripe, Inverno, Pneumonia, Resfriado, Rinite

Com a chegada do inverno, surge a preocupação em relação às doenças respiratórias, especialmente as crônicas. Devido a baixa umidade do ar e a alteração brusca de temperatura — que por si só impactam a imunidade — as pessoas tendem a ficar em ambientes fechados, sem circulação de ar. Isso facilita a propagação de vírus bactérias cujas doenças acometem especialmente crianças e idosos.

A COVID-19 — que também é uma doença respiratória potencialmente grave — reforçou os cuidados já tomados com as doenças respiratórias e inseriu outros no cotidiano, como o uso de máscaras e do álcool em gel. Além disso, os danos causados pela pandemia impulsionaram a criação de vacinas que imunizam e atenuam os efeitos do coronavírus, como já ocorre com as vacinas da gripe desde 1999.

Considerando a importância de se manter bem informado sobre o assunto, confira, a seguir, a lista com as principais doenças do inverno e as ações recomendadas para lidar da melhor forma com cada uma delas neste período.

Gripe e resfriado

Saúde no inverno: mulher assoando o nariz.

Imagem: Canva.

Muito comum no período do inverno, a gripe é causada por vírus do tipo Influenza e acomete as vias respiratórias superiores (nariz e garganta) e o pulmão. Os sintomas observados são febre, dor de garganta e no corpo, coriza, congestão nasal e mal-estar e tosse, com duração de 7 a 10 dias, caso não haja complicações.

Já o resfriado é mais brando que a gripe e pode ser causado pelo adenovírus, rinovírus, entre outros vírus. Os sintomas mais comuns são espirros, dor na garganta, coriza, obstrução de vias respiratórias, podendo ou não causar febre. Normalmente, sua duração varia de 3 a 5 dias, se manifestando de forma mais branda que a gripe.

Para ambas as doenças não há um tratamento específico, sendo comumente indicado repouso, uso de descongestionante nasal, analgésicos para alívio da dor e febre e beber muita água. Além disso, no caso da gripe, a vacinação se torna um grande aliado para reduzir o risco da infecção pelo vírus Influenza.

Sinusite e rinite alérgica

Saúde no inverno: ilustração da inflamação dos seios nasais causada pela sinusite.

Ilustração de uma inflamação nos seios nasais, causada pela sinusite (imagem: Canva).

No campo das doenças crônicas, estão a sinusite e a rinite alérgica. Enquanto a primeira causa a inflamação dos seios paranasais e pode surgir após um resfriado, a segunda é responsável pela inflamação da mucosa que reveste o nariz.

A sinusite, que pode ser considerada crônica ou aguda, causa sintomas como dor de cabeça, secreção nasal e dor nos seios da face. Pode surgir em decorrência de gripes e resfriados, alergias e, em casos raros, bactérias. Seu tratamento inclui anti-histamínicos, anti-inflamatórios e, em alguns casos, antibióticos.

Já a rinite alérgica é desencadeada por alérgenos diversos, como pelos de animais, poeira e ácaros, variando de pessoa para pessoa. Sintomas como espirros, coceira no nariz e coriza podem ser observados por período indeterminado. Para auxiliar no tratamento e controle dos sintomas, é recomendado o uso de corticoides nasais e anti-histamínicos, além de evitar o contato com a substância que gerou o processo alérgico.

Além disso, descongestionante nasal e lavagem com solução salina também podem ser recomendados. Normalmente, pessoas acometidas pela rinite alérgica possuem mais chance de desenvolver a sinusite durante o inverno do que aquelas que não possuem.

Pneumonia

Saúde no inverno: ilustração dos alvéolos pulmonares inflamados por um dos vírus causadores da Pneumonia.

Ilustração dos alvéolos pulmonares inflamados, consequência da pneumonia (imagem: Canva).

A pneumonia ocorre quando a infecção do trato respiratório superior por bactérias ou vírus acomete o pulmão, inflamando os alvéolos pulmonares, os quais podem ficar cheios de líquido ou pus. Em casos mais incomuns, fungos e parasitas também podem desencadear a doença. Entre os sintomas estão tosse seca ou com catarro amarelo e esverdeado, associada a febres altas e falta de ar.

O tratamento dependerá do agente causador da doença e dos sintomas manifestados; geralmente, é recomendado o uso de antibióticos e analgesia. Em casos mais graves, a internação pode ser necessária, com auxílio de oxigênio e medicação inserida diretamente na veia.

Asma

Saúde no inverno: homem usando a bombinha para pacientes com asma.

Imagem: Canva.

Pessoas que possuem predisposição a doenças inflamatórias que acometem o pulmão têm mais chances de desenvolver crises de asma, tendo em vista que alérgenos, como poeira e frio, podem desencadear quadros da doença. Além do tipo alérgico, a asma pode ser: ocupacional, ou seja, se desenvolve por fatores associados ao ambiente de trabalho; induzida por efeitos adversos de medicamentos, e induzida por exercícios físicos, quando os sintomas se apresentam somente durante as atividades.

Os sintomas podem afetar crianças e adultos e incluem falta de ar, tosse, dificuldade de respirar por obstrução das vias aéreas, entre outros. O acompanhamento deve ser feito com um profissional especializado em pneumologia, que normalmente recomenda o uso de medicamentos com corticoides e broncodilatadores em períodos de crise.

Amigdalite e otite

Saúde no inverno: duas ilustrações que mostram parte da garganta inflamada (amigdalite) e parte do canal auditivo inflamado (otite).

À direita, ilustração da amigdalite e, à esquerda, da otite (imagem: Canva).

Originada na garganta, a amigdalite é responsável por grande desconforto e dor na garganta ao engolir e febre. A doença, que pode ser causada por vírus ou bactérias que se alojam na região das amígdalas, sendo tratada com antibióticos e anti-inflamatórios.

Já no caso da otite, bactérias e vírus originários da garganta migram para o ouvido e se alojam por lá, causando dor forte e constante, e febre. Há duas formas da doença: a otite externa aguda e a otite média aguda, ambas mais comuns em crianças e jovens. Da mesma forma que a amigdalite, o tratamento pode ser realizado por meio de anti-inflamatórios e antibióticos, enquanto os sintomas persistirem.

Como evitá-las

As recomendações para evitar a contração dessas doenças possuem relação direta com as recomendações feitas para evitar a transmissão do coronavírus.

1) evitar locais fechados e aglomerações;

2) fazer uso de álcool em gel e manter sempre as mãos lavadas e higienizadas;

3) usar máscara durante o período sintomático ou cobrir a boca ao tossir ou espirrar;

4) manter-se hidratado, especialmente com água;

5) alimentar-se de forma saudável; 

6) exceto em casos emergenciais, evitar hospitais e emergências, visto que são locais com grande risco de transmissão e contágio;

7) no caso da gripe, o Ministério da Saúde recomenda a vacinação anual, que imuniza contra os principais vírus causadores da doença durante o período em questão e evita casos graves em grupos prioritários.

Sobre a BMJ Best Practice

Saúde no inverno: logo da BMJ Best Practice.

Imagem: Dot.Lib / BMJ Best Practice / BMJ Group.

Este artigo tem como referência a BMJ Best Practice, uma solução on-line com acesso rápido a informações recentes e baseadas em evidências sobre diagnósticos, tratamentos, gestão e prevenção para equipes multiprofissionais de Saúde. Seu conteúdo é editado pelo BMJ Group, um dos mais conceituados provedores de materiais científicos na área de Medicina.

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