Raciocínio clínico: o que é e qual a sua importância
Ainda que a tecnologia e as ciências médicas tenham evoluído a passos largos nas últimas décadas, a prática clínica ainda depende muito da avaliação do médico. Esta, por sua vez, é construída e desenvolvida pelos estudos, pelas experiências e pelos desafios enfrentados pelo profissional na rotina do seu trabalho.
Essa avaliação ocorre durante todo o atendimento, desde a primeira consulta ou entrada no hospital até a escolha do tratamento e finalização do acompanhamento ao paciente e é extremamente importante para evitar erros. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 140 milhões de pessoas são afetadas por diagnósticos errados e falhas médicas no mundo.
No Brasil, 1,3 milhão sofre pelo menos um efeito colateral causado por negligência ou imprudência durante o tratamento médico, de acordo com um levantamento realizado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar da Universidade Federal de Minas Gerais (Iess-UFMG). Ainda, 55 mil pessoas morrem anualmente no país (quase seis por hora) por esses erros.
Neste contexto, a Dot.Lib preparou este artigo para tirar as dúvidas sobre o que é o raciocínio clínico e para mostrar como ele pode auxiliar médicos e demais profissionais da saúde a evitar os temidos erros médicos e garantir a segurança do paciente. Confira a seguir.
O que é o raciocínio clínico?
O raciocínio clínico é um processo cognitivo complexo essencial nas tomadas de decisão da equipe médica diante do quadro apresentado pelo paciente. Há várias definições, sendo a do JAMA uma das mais abrangentes: “raciocínio clínico é a integração de informações clínicas, conhecimento médico e fatores contextuais (situacionais) para tomar decisões sobre o atendimento ao paciente”.
Em outras palavras, sua função é encontrar um padrão fisiopatológico que ajude a determinar o diagnóstico correto e o tratamento adequado por meio da coleta, análise e síntese dos dados clínicos. Esse processo é composto por quatro fases na seguinte ordem: conhecimento, planejamento, ação e avaliação.
Fases e etapas do raciocínio clínico (imagem: Dot.Lib).
A primeira fase (conhecimento) é o momento de conhecer o paciente, coletar informações que possam dar pistas sobre o problema clínico; também é necessário processar essas informações, sempre observando se há alterações na situação do paciente. Na segunda fase (planejamento), os profissionais da saúde devem identificar problemas e padrões fisiopatológicos para estabelecer um diagnóstico definitivo.
Na terceira (ação), é hora de executar os procedimentos clínicos com base no diagnóstico estabelecido (avaliações, exames, monitoramentos, intervenções cirúrgicas e/ou terapias medicamentosas). Na quarta e última fase (avaliação), é necessário revisar a condição do paciente para observar se houve alguma melhora; uma vez que o caso esteja encerrado, o processo é finalizado com uma reflexão sobre todas as informações e aprendizados obtidos e o que pode ser aprimorado.
Por que é importante?
Quando bem executado, o raciocínio clínico evita os erros de diagnóstico e as falhas médicas, como os eventos adversos, aprimora a investigação clínica e garante uma assistência médica de qualidade, comprometida com a melhora e segurança do paciente. Além disso, o processo otimiza a prática clínica ao dispensar a realização de exames e demais procedimentos desnecessários, o que dá mais tempo para se dedicar ao paciente e reduz os custos hospitalares.
Um aliado para o raciocínio clínico
Como dito anteriormente, o raciocínio clínico é um processo cognitivo que envolve o constante aprendizado dos profissionais da saúde, seja nas experiências adquiridas no dia a dia de clínicas, hospitais e centros ambulatoriais, seja nas salas de aula. Ainda que o raciocínio clínico seja uma área desafiadora da Medicina, já é possível contar com recursos para facilitar a aprendizagem e a prática deste processo, tornando-o cada vez mais acessível para todos os médicos, iniciantes ou veteranos.
O NEJM Healer oferece uma nova maneira de ensinar e avaliar explicitamente essas etapas cognitivas, sendo a única plataforma de aprendizado virtual que ensina e avalia explicitamente as habilidades de raciocínio clínico. Para isso, a plataforma divide os elementos-chave desse processo complexo em habilidades distintas, mas relacionadas, como a aquisição de dados, a representação de problemas e a geração de hipóteses, chegando ao diagnóstico diferencial.
Imagem: NEJM Healer / Dot.Lib.
Além disso, o NEJM Healer disponibiliza uma crescente biblioteca padrão-ouro de scripts de doenças, que cobre as enfermidades mais comuns e potencialmente fatais que os alunos precisam dominar em sua jornada em direção à excelência diagnóstica. Por meio das narrativas tradicionais sobre definições de doenças e fisiopatologia, esses scripts são únicos em fornecer uma extensa lista de definição e discriminação de dados com taxas de probabilidade associadas e justificativa de especialistas.
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