Comparada com a radioterapia conformada tridimensional, a radioterapia de intensidade modulada provocou menos efeitos colaterais (imagem: Canva).
JAMA: nova técnica de radioterapia mostra eficácia contra o câncer pulmonar de células não pequenas
Pacientes com câncer pulmonar de células não pequenas (CPCNP) localmente avançado e irressecável tendem a responder melhor à radioterapia de intensidade modulada (IMRT) do que à radioterapia conformada tridimensional (RT3D). Isso porque, de acordo com o estudo realizado pela Universidade do Texas e publicado no JAMA Oncology, a IMRT resulta em menos efeitos colaterais, comparado a RT3D. Além disso, a análise de 483 pacientes revelou que a IMRT reduz significativamente a incidência de pneumonite grave em comparação com a RT3D.
Os resultados também mostraram que pacientes tratados com IMRT tiveram uma sobrevida global de cinco anos numericamente melhor (30,8%) do que os tratados com RT3D (26,6%), bem como taxas de sobrevida livre de progressão (16,5% vs. 14,6%). Ainda, a análise multivariável indicou que pacientes com menos de 20% do coração exposto a 40 Gy tiveram uma sobrevivência média de 2,4 anos em comparação com 1,7 anos para pacientes com mais de 20% do coração exposto à mesma dose.
Desenvolvida nos anos 90, a IMRT usa métodos computacionais avançados para moldar a radiação precisamente aos tumores, poupando os tecidos normais da exposição desnecessária. Segundo o autor do estudo, Stephen Chun, esses dados reforçam a necessidade de limitar a exposição cardíaca a 40 Gy durante o planejamento da radiação, estabelecendo um novo objetivo de menos de 20% de exposição. “É hora de nos concentrarmos em maximizar a precisão e a conformidade da radiação para reduzir a exposição cardiopulmonar e deixar de lado as preocupações históricas sobre o banho de baixa dosagem”, enfatiza Stephen.
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