Técnica foi testada no Complexo de Marlim, no estado do Rio de Janeiro, e mostrou ser crucial para a indústria brasileira de gás e petróleo (imagem: Canva).
Geological Society: modelagem de rochas carbonáticas impulsiona exploração de pré-sal no Brasil
Pesquisadores brasileiros realizaram um estudo no Complexo de Marlim, na Bacia de Campos (Rio de Janeiro), que destaca a importância da modelagem de rochas carbonáticas para a exploração do pré-sal na região. Por meio da modelagem de interpretação sísmica 3D, os cientistas identificaram várias estruturas salinas relacionadas à halocinese, revelando um ambiente estrutural complexo que afeta a distribuição das velocidades sísmicas. É o que mostra um artigo publicado no Petroleum Geoscience, periódico integrante da Lyell Collection e publicado por The Geological Society of London.
As rochas carbonáticas em formato de jangadas, presentes na plataforma carbonática e nos sedimentos siliciclásticos, foram analisadas em relação à sua geometria, composição de sequência e espessura. Os resultados mostraram que a organização estratigráfica dentro das “jangadas” é o principal controle para a distribuição de velocidade, enquanto o gradiente de profundidade desempenha um papel secundário. A incerteza na caracterização da velocidade das “jangadas” resultou em variações de até 40% do volume de rocha em regiões distantes da informação do poço.
Com base nesses achados, os pesquisadores ressaltam a necessidade de considerar a modelagem de “jangadas” carbonáticas ao construir modelos de velocidade em regiões tectônicas de jangada na Bacia de Campos. O impacto dessas estruturas na posição dos reservatórios do pré-sal e na avaliação da incerteza volumétrica é crucial para projetos de exploração e produção, destacando a importância de uma abordagem mais precisa e robusta na indústria de petróleo e gás.
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