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Um estudo publicado recentemente sugere que 22 pessoas são suficientes para a criação de uma colônia em Marte, com possibilidade de mantê-la ativa por até três décadas. O artigo, que ainda não foi revisado por pares, descreveu em detalhes o modelo de como seria uma base humana no planeta com base em cinco testes contendo. Cada um simulou 28 anos terrestres de vida na colônia com quantidades iniciais diferentes de habitantes. Para isso, os pesquisadores presumiram que a base já estivesse construída e a produção de alimentos, ar e água seria em Marte; os indivíduos só precisariam gerenciar os recursos.

Além dos planos para a infraestrutura, a equipe também traçou o perfil ideal de candidatos a moradores do planeta vermelho por meio de questionários que foram preenchidos por grupos a bordo da Estação Espacial Internacional. Foram considerados traços como consideração traços como resiliência ao estresse, habilidades sociais e grau de neuroticismo. De acordo com os resultados, os perfis de personalidade definidos como agradáveis teriam as habilidades necessárias para a sobrevivência e prosperidade no planeta. Já os neuróticos colocariam a missão em risco por sua competitividade e agressividade, o que os levaria a óbito mais cedo. Uma das limitações da pesquisa é o quão imprevisível o comportamento humano em Marte pode ser.

Isso porque, apesar dos treinamentos que os astronautas passam para certificar de que estão aptos à missão, não se sabe exatamente qual influência um ambiente tão incomum pode exercer sobre os indivíduos e nas relações interpessoais. Nesse sentido, a NASA lançou em junho um programa de testes chamado CHAPEA (cuja sigla em inglês significa “Análogo de Exploração, Saúde e Desempenho da Tripulação”). O objetivo é simular os desafios de viver no planeta — que incluem escassez de recursos, falhas nos equipamentos, ruídos na comunicação e outros fatores que podem provocar estresse — e coletar dados sobre o impacto da missão na saúde e desempenho da tripulação.  

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