BMJ: risco de miocardite em meninos é maior após 2ª dose de vacinas contra COVID-19
O risco de meninos saudáveis desenvolverem um quadro de miocardite após a 2ª dose da vacina contra a COVID-19 é quatro vezes maior do que o risco de internação hospitalar por agravamento da infecção pelo SARS-CoV-2. É o que sugere um estudo publicado no British Medical Journal (BMJ), em fase preprint (ainda sem revisão dos pares), que avaliou o efeito do imunizante produzido pela Pfizer/BioNTech em jovens entre 12 e 15 anos.
A pesquisa retrospectiva utilizou dados do sistema de relatórios sobre efeitos adversos de vacinas dos Estados Unidos. Desse modo, os cientistas concluíram que a taxa de eventos cardíacos adversos em jovens que receberam a segunda aplicação da vacina ultrapassou a taxa prevista de 120 dias de internação por COVID-19 em uma incidência de infecção por SARS-CoV-2 moderada no período de agosto de 2021 e alta em janeiro de 2021.
Os cientistas estimam que a taxa de miocardite é de 162,2 casos por milhão em meninos saudáveis com idade entre 12 e 15 anos e 94,0 por milhão nos adolescentes do sexo masculino dos 16 aos 17 anos. Já entre as meninas, a taxa é de 13 casos por milhão em garotas de 12 a 15 anos e de 13,4 por milhão entre as adolescentes de 16 a 17 anos. Segundo os autores do estudo, entre os meninos afetados pela condição cardíaca, 86% precisaram de atendimento médico.
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