BMJ: OMS desaconselha uso de colchicina e fluvoxamina no tratamento da COVID-19
Nesta quinta-feira (14), a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou diretrizes sobre medicamentos usados no tratamento contra a COVID-19, nas quais desaconselha o uso de sobre o uso da colchicina e da fluvoxamina — antidepressivo e anti-inflamatório, respectivamente — em pacientes infectados. As novas orientações foram publicadas no British Medical Journal (BMJ) e afirmam que não há evidências suficientes que garantam a eficácia ou segurança dos fármacos em relação à doença.
Após ensaios clínicos realizados com mais de 2 mil voluntários, a entidade deu o parecer de que “a fluvoxamina provavelmente tem pouco ou nenhum efeito na mortalidade”, além de não reduzir o risco de hospitalização ou ventilação mecânica; em outubro de 2021, um estudo publicado em um importante periódico mostrou que o medicamento diminuiria em até 32% as chances de internação pela COVID. Os resultados de sete ensaios clínicos com mais de 16 mil pacientes, mostraram um pior desempenho da colchicina: tem probabilidade de gerar fortes efeitos adversos, interações medicamentosas em pacientes com ou em risco de insuficiência hepática e renal e até mesmo toxicidade grave ou fatal.
As recomendações atualizadas da OMS indicam os seguintes medicamentos para a infecção pelo SARS-CoV-2: paxlovid para quadros leves; sotrovimabe, remdesivir e molnupiravir em quadros leves ou moderados em pacientes que façam parte do grupo de alto risco; e corticosteroides combinados com bloqueadores de receptores de IL-6 ou com o baricitinib. A organização reforçou que a hidroxicloroquina e o lopinavir/ritonavir continuam fortemente não recomendados e que o mesmo parecer serve para a ivermectina, “exceto no contexto de um ensaio clínico”.
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