5 erros comuns na redação científica para você evitar
As produções científicas se tornaram fontes de conhecimento importantes por sua credibilidade e qualidade nas informações. São conteúdos que comunicam uma descoberta e o pesquisador deve transmiti-la com clareza e precisão. Por isso, escrever “ciência” pode não ser uma tarefa fácil e alguns erros podem comprometer o seu texto.
Atualmente, a comunidade científica possui padrões rigorosos para a publicação de artigos e escrever um conteúdo com qualidade pode acelerar o processo de divulgação em uma revista especializada. Pensando em ajudá-lo durante este processo de produção, veja 5 erros comuns em uma redação científica e as dicas de como evitá-los.
1 - Linguagem pessoal
A linguagem pessoal é quando se utiliza nos textos verbos e pronomes, geralmente, na primeira pessoa do singular. O pronome “eu” é um indicador dessa linguagem e ao fazer o seu uso o autor está expondo a sua opinião. No entanto, uma redação científica o autor deve empregar verbos e pronomes que expressam uma linguagem impessoal. Em regra, utiliza-se a terceira pessoa do singular.
Lembre-se: O artigo científico é um texto descritivo baseado nos resultados e conclusões de estudos clínicos realizados. Por isso, o autor em sua escrita deve transmitir as informações de forma imparcial, sem expor a sua opinião.
2 - Períodos longos
Os períodos longos são erros que podem dificultar a compreensão do leitor e tornar a leitura mais complicada. Escreva cada frase com coerência e sem muitas vírgulas no mesmo período. Se for necessário, crie frases mais curtas. Além disso, é importante que o texto seja construído com uma linha lógica para que o leitor possa acompanhar o raciocínio de quem escreveu.
Dica: Ao criar sentenças mais curtas, você pode aplicar os conectivos para estabelecer a ordem e a coesão entre as frases e parágrafos. Não esqueça que transmitir informações de forma clara e objetiva são algumas das principais características de um texto científico. Por isso, a importância de construir cada frase e parágrafo de maneira cuidadosa para que o leitor possa ter uma leitura eficaz.
3 - Repetição de palavras
A repetição de palavras é um erro comum, principalmente, em textos longos. Uma das maneiras para evitar essa falha é através da substituição realizada por meio da pronominalização (pronomes indefinidos, pessoais, relativos, entre outros) ou por intermédio de sinônimos.
Dica: Desenvolver o hábito da leitura e, sobretudo, de artigos científicos irá ajudá-lo a ampliar o seu vocabulário. Dessa forma, ao redigir um conteúdo você poderá usar sinônimos, evitar uso do mesmo termo e enriquecer ainda mais o seu texto.
4 - Ambiguidade
O uso de palavras ambíguas, aquelas que possuem duplicidade de sentidos, deve ser evitadas. Por ter mais de um sentido possível em uma sentença, elas podem gerar desentendimento por parte do leitor. Em uma redação científica, cada palavra deve expressar exatamente a ideia que o autor deseja transmitir, sem margem para várias interpretações.
Dica: Fique sempre atento ao escrever, ao sentido da palavra e onde ela será inserida na frase. A ambiguidade, geralmente, é observada apenas no momento da revisão.
5 - Cacofonia
Você sabe o que é cacofonia, cacófato ou cacófaton? Esses termos são utilizados para designar sons desagradáveis aos ouvidos. Eles são formados, geralmente, pela combinação do final de uma palavra com o início da seguinte. Assim, ao serem pronunciadas podem produzir um som com outro sentido, como em: “uma por cada tratamento” (uma porcada).
Dica: Fazer a leitura do texto em voz alta é um recurso que irá ajudá-lo a identificar a cacofonia que pode aparecer no seu artigo.
Leia também: Como escrever um artigo científico de qualidade.
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