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Conheça mais três jargões da área que se tornam cada vez mais relevantes por seu crescente impacto no cotidiano (imagem: Canva). Conheça mais três jargões da área que se tornam cada vez mais relevantes por seu crescente impacto no cotidiano (imagem: Canva).
3 termos da Economia mais relevantes na atualidade – parte 2
  • Artigo
  • Ciências Sociais Aplicadas
  • 07/06/2024
  • Crédito, Déficit, DotLib, Economia, now, Reduflação

A Economia é uma ciência que permeia todos os aspectos da vida moderna, influenciando desde as decisões governamentais até as escolhas cotidianas dos indivíduos. Nos últimos anos, as questões econômicas se tornaram ainda mais relevantes, à medida que o mundo enfrenta desafios como a recuperação econômica pós-pandemia, a inflação crescente e as mudanças climáticas que afetam os mercados globais.

Além disso, as pautas relacionadas ao tema têm ocupado um espaço cada vez maior nos noticiários e, por sua vez, no cotidiano de toda a população, que sente na pele a instabilidade econômica, com impactos desde o preço dos alimentos até as políticas de emprego e sustentabilidade. Compreender os conceitos econômicos fundamentais não é apenas uma vantagem acadêmica, mas uma necessidade para navegar o complexo cenário financeiro atual.

Na primeira parte, abordamos termos cruciais como inflação, PIB e taxa Selic, cada um deles com um impacto direto e indireto sobre a vida das pessoas. Agora, daremos continuidade a essa discussão, destacando outros três termos que estão no centro das análises econômicas e das políticas públicas atuais.

Crédito

Economia: um homem oferecendo empréstimo financeiro para a compra de uma casa.

Imagem: Canva.

É a capacidade de adquirir bens, serviços ou dinheiro com a promessa de pagamento futuro. Em outras palavras: crédito é a confiança que permite a uma parte fornecer recursos a outra parte — ou seja, um empréstimo. O receptor desses recursos não os reembolsa imediatamente ao fornecedor, mas promete pagá-los ou devolvê-los no futuro.

Existem vários tipos de crédito e entre os principais estão:

1)  Crédito pessoal: empréstimos concedidos a indivíduos para consumo pessoal, como compra de bens duráveis, viagens etc.;

2)  Crédito imobiliário: destinado à aquisição de imóveis, frequentemente chamado de hipoteca;

3)  Crédito empresarial: destinado às empresas para financiamento de capital de giro, expansão, compra de equipamentos etc.;

4)  Crédito ao consumidor: inclui cartões de crédito, financiamentos de automóveis, entre outros.

As principais características que compõem o crédito são a quantia original emprestada ou o valor dos bens adquiridos a crédito, os juros, os prazos para o pagamento do crédito, as garantias de pagamento e o risco de que o receptor não pague o que deve. O crédito desempenha um papel crucial na Economia, facilitando o consumo e o investimento, o crescimento econômico e a liquidez ao sistema financeiro.

Déficit

Economia: um gráfico com números negativos se sobrepondo a algumas cédulas de dinheiro, indicando déficit.

Imagem: Canva.

Na área da Economia, a palavra "déficit" se refere a uma situação em que as despesas superam as receitas em um determinado período, gerando dívidas. O conceito de déficit é aplicável tanto na macroeconomia, como finanças públicas, balança de pagamentos e orçamentos de empresas, quanto na macroeconomia, como nas finanças pessoais. Resumindo: o déficit ocorre quando os gastos são maiores do que a arrecadação, sendo a diferença negativa entre receitas e despesas.

O déficit é classificado de acordo com o contexto em que ocorre:

1) Déficit orçamentário: ocorre quando o governo gasta mais do que arrecada em impostos e outras receitas durante um determinado período fiscal. Pode ser subdividido em:

- Déficit primário: diferença entre receitas e despesas, excluindo os pagamentos de juros da dívida pública;

- Déficit nominal: diferença total entre receitas e despesas, incluindo os pagamentos de juros da dívida pública;

2) Déficit da balança de pagamentos: pode ocorrer em conta corrente ou em âmbito comercial.

- Déficit em conta corrente: ocorre quando um país importa mais bens, serviços e capital do que exporta. Reflete um saldo negativo nas transações correntes com o resto do mundo;

- Déficit comercial: parte do déficit em conta corrente, específico para o comércio de bens e serviços. Ocorre quando as importações de bens e serviços superam as exportações;

3) Déficit operacional: quando as despesas operacionais de empresas e organizações excedem as receitas geradas pelas operações.

Os déficits podem ser sanados por meio do crédito. No contexto macroeconômico, os governos podem emitir títulos de dívida pública para financiar déficits orçamentários ou usar suas reservas de moeda estrangeira para cobrir déficits na balança de pagamentos. Além disso, também podem adotar ajustes de políticas econômicas e até mesmo realizar uma reforma fiscal. Já na microeconomia, empresas e indivíduos podem recorrer a empréstimos bancários ou outras formas de crédito.

Reduflação

Economia: duas caixas, sendo que uma contém quatro ovos e a outra contém apenas um, ambas pelo mesmo preço; indicando a reduflação.

Imagem: iStock.

A palavra "reduflação" é um termo recente na área da Economia que combina as palavras "redução" e "inflação". A reduflação é uma prática adotada por empresas para lidar com o aumento dos custos de produção (no caso, a referência à inflação) sem aumentar diretamente o preço dos produtos. Esse mecanismo costuma ocorrer em tempos de economia inflacionada, quando os custos de produção, de obtenção de matéria-prima, de logística e demais etapas do processo industrial ficam mais altos.

As empresas aderem à prática da reduflação para:

1) Manter a competitividade no mercado, especialmente em setores onde os consumidores são mais sensíveis às variações nos preços;

2) Gerenciar o aumento de custos sem perder a margem de lucro;

3) Evitar a percepção negativa imediata do consumidor, que costuma notar mais rapidamente a variação no preço do que em outras características do produto.

Muitos especialistas criticam a reduflação, apontando-a como uma forma de enganar o consumidor. Isso porque, no geral, a prática mantém o preço do produto, mas diminui seu peso, quantidade e até mesmo a qualidade. Ou seja, inevitavelmente, o consumidor sofrerá com as consequências da inflação, pagando mais por menos.

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Economia: logo da editora now.

Imagem: now / Dot.Lib

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Para aqueles que desejam se manter atualizados com o que há de mais novo nas pesquisas sobre o tema deste artigo, indicamos o Economics Package. O combo inclui quatro periódicos de excelência no campo da economia, abrangendo assuntos que vão desde microeconomia até empreendedorismo.

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