3 termos da Economia mais relevantes na atualidade
No cenário dinâmico e complexo da Economia contemporânea, é notável como alguns termos, até então jargões, se tornam protagonistas no vocabulário cotidiano, refletindo e influenciando diretamente a vida das pessoas. Desde as salas de aula até as conversas informais, algumas palavras têm atravessado as fronteiras acadêmicas para se integrar ao cotidiano, exigindo uma compreensão mais aprofundada por parte da sociedade.
Neste artigo, exploraremos três termos da Economia que têm ganhado crescente relevância no dia-a-dia, moldando decisões individuais, impactando o bolso dos cidadãos e desempenhando papéis cruciais no cenário econômico global. Vamos entender como a inflação, a taxa Selic e o PIB têm se destacado como elementos-chave na narrativa econômica contemporânea, moldando a maneira como percebemos e vivenciamos as nuances do mundo financeiro que nos cerca.
Mas antes de tudo, é necessário conhecer algumas definições básicas sobre a Economia.
Economia: definições
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Em linhas gerais, a Economia é uma disciplina que estuda como as sociedades alocam recursos escassos para satisfazer suas necessidades e desejos. Também busca entender e explicar diversos fenômenos, como a formação de preços, as trocas comerciais, o crescimento econômico, a distribuição de renda, as políticas fiscais e monetárias, entre outros.
Ela fornece ferramentas analíticas e modelos teóricos para compreender os mecanismos subjacentes aos processos econômicos e analisa como indivíduos, empresas, governos e outras entidades tomam decisões sobre produção, distribuição e consumo de bens e serviços. Além disso, a Economia também é uma Ciência Social que está profundamente relacionada a outras disciplinas como Sociologia, Ciência Política e História, uma vez que os aspectos econômicos estão interligados com diversas dimensões da vida em sociedade.
Existem duas grandes subdivisões na economia:
1) Microeconomia
Foca nas decisões de agentes econômicos individuais, como consumidores, empresas e trabalhadores. A microeconomia analisa como esses agentes interagem nos mercados para determinar preços, quantidades produzidas e consumidas.
2) Macroeconomia
Concentra-se nos aspectos mais amplos da Economia, olhando para indicadores agregados como produto interno bruto (PIB), desemprego, inflação e taxas de juros. A macroeconomia estuda fenômenos econômicos em uma escala mais ampla, considerando o desempenho econômico de um país como um todo.
3 termos da Economia para entender
Uma vez compreendido que a Economia tem aspectos individuais e gerais, já é possível adentrarmos nos termos mais específicos da área, cujos impactos no cotidiano do povo brasileiro são diariamente noticiados.
Inflação
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A inflação é medida por índices de preços, que acompanham o comportamento dos preços de uma cesta de produtos e serviços representativa da economia. No Brasil, por exemplo, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é uma das principais medidas de inflação utilizadas.
Existem diversas causas para a ocorrência da inflação, e estas podem variar de país para país. Algumas das principais causas incluem:
- Demanda maior que a oferta: quando a demanda por bens e serviços supera a capacidade de produção da economia, os preços tendem a subir.
- Custos de produção elevados: aumentos nos custos de produção, como salários e matérias-primas, podem ser repassados para os preços finais dos produtos.
- Choques de oferta: eventos imprevistos, como desastres naturais ou problemas geopolíticos, podem afetar a oferta de bens e serviços, levando a aumentos de preços.
- Política monetária expansionista: quando os bancos centrais aumentam a oferta de dinheiro na economia, isso pode estimular a demanda e, potencialmente, levar à inflação.
- Expectativas inflacionárias: se as pessoas esperam que os preços subam no futuro, elas podem tomar decisões que contribuam para o aumento da demanda e, consequentemente, para a inflação.
Taxa Selic
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A taxa Selic — uma abreviação para Sistema Especial de Liquidação e Custódia — é a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela é determinada pelo Comitê de Política Monetária (COPOM), que faz parte do Banco Central do Brasil, e serve como referência para as demais taxas de juros praticadas no país.
A Selic é utilizada como uma ferramenta importante para o controle da inflação e para a condução da política monetária. Quando o Banco Central deseja estimular a economia, geralmente reduz a taxa Selic, o que torna o crédito mais acessível e incentiva o consumo e o investimento. Por outro lado, se o objetivo é controlar a inflação, o Banco Central pode aumentar a taxa Selic, tornando o crédito mais caro e desestimulando o consumo e investimento, o que, por sua vez, ajuda a controlar a demanda e a inflação.
A taxa Selic é influenciada por diversos fatores, incluindo a inflação, as condições econômicas globais, o nível de atividade econômica, entre outros. Os bancos usam a Selic como referência para suas próprias taxas de juros em empréstimos, financiamentos e aplicações financeiras.
É importante destacar que a Selic é uma taxa de juros nominal anual, mas pode ser convertida para taxas proporcionais ou equivalentes, dependendo do período considerado. Essa taxa é uma das variáveis mais acompanhadas no cenário econômico brasileiro devido ao seu impacto em diversos setores da economia.
PIB
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O Produto Interno Bruto (PIB) é um indicador econômico que representa o valor total de todos os bens e serviços produzidos dentro do território de um país durante um determinado período de tempo. O PIB é uma medida abrangente que reflete a atividade econômica de uma nação e é frequentemente utilizado como um indicador-chave do tamanho e do desempenho da economia.
Este indicador econômico é uma ferramenta valiosa para análise econômica, permitindo comparações entre países, avaliações do padrão de vida e monitoramento do crescimento econômico ao longo do tempo. No entanto, é importante considerar que o PIB tem suas limitações, pois não mede diretamente a distribuição de renda, a qualidade de vida, ou a sustentabilidade ambiental, por exemplo.
Existem três abordagens principais para calculá-lo:
- Abordagem da produção (ou do valor agregado): calcula o PIB somando o valor agregado em cada etapa da produção de bens e serviços. Isso inclui salários, impostos indiretos e margens de lucro.
- Abordagem da renda: calcula o PIB somando todas as formas de renda geradas na produção, como salários, lucros e impostos indiretos líquidos de subsídios.
- Abordagem da despesa: calcula o PIB somando todos os gastos finais em bens e serviços. Isso inclui o consumo, os investimentos, os gastos do governo e as exportações líquidas (exportações menos importações).
O PIB é frequentemente apresentado em termos reais (ajustado pela inflação) e nominais (valores correntes). Sua variação ao longo do tempo é utilizada para medir o crescimento econômico ou a contração de uma economia. Os componentes principais do PIB incluem:
- Consumo: despesas das famílias em bens e serviços;
- Investimento: gastos com bens de capital, construção e variações nos estoques;
- Gastos do governo: despesas do governo em bens e serviços;
- Exportações líquidas: diferença entre as exportações e as importações.
* Algumas das informações contidas neste artigo tem como base estudos publicados nos periódicos da now.
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