
O que significa eficiência, eficácia e efetividade nas vacinas?
Desde o início da pandemia de COVID-19 a vacina significava a maior esperança no combate à doença. No momento há vários imunizantes já aprovados pelos órgãos competentes e a vacinação já se iniciou em todo o mundo. Foi por conta desse movimento que algumas expressões como “ensaios clínicos”, “pesquisa clínica” e “ensaio duplo-cego”, até então reservados apenas para os pesquisadores e cientistas, foram ouvidos pelos quatro cantos do mundo.
Neste contexto, termos específicos costumam ser utilizados em referência aos ensaios clínicos como eficácia, eficiência e efetividade. Eles são aplicados em processos que envolvem o desenvolvimento de vacinas, medicamentos e tratamentos, principalmente em pesquisas clínicas, por se tratarem das etapas para garantir que sejam superiores aos já aprovados por uma agência de saúde. Mas você sabe a diferença entre essas três expressões? Abaixo vamos explicar o significado delas no cenário da produção de vacinas:
Eficácia
Eficácia refere-se a alcançar os resultados esperados, ou seja, aquilo que produz os efeitos esperados, que é eficaz. Para avaliar a eficácia de uma vacina, um estudo clínico controlado deve ser conduzido para analisar sua capacidade de prevenir doenças. Uma das formas de se medir a eficácia de uma vacina em teste é a aplicação de placebo em uma parte dos participantes e a substância em estudo em outra. Assim, em seguida, é realizada a comparação das taxas de proteção contra determinada vacina. Os estudos em fase II testam essa capacidade.
Eficiência
O conceito de eficiência está ligado ao custo-benefício e em contexto de imunizantes se refere ao que realmente ocorre após a vacinação em massa da população: diminuição nos casos de doenças, menos hospitalizações e quantas mortes foram evitadas. Isso vai depender de fatores como: o número de doses tomadas, o número de pessoas vacinadas em cada região, como é a cobertura vacinal e qual é a população-alvo.
Efetividade
A concepção de efetividade, por sua vez, está relacionada à eficiência, e apesar de serem tratados como sinônimos, não o são. Significa que os resultados alcançados têm relação aos benefícios ou mudanças geradas e são indícios de um imunizante efetivo. Ou seja, é a capacidade de produzir e manter um efeito, sendo ele positivo ou negativo. Normalmente, esse potencial é analisado na fase IV de testes. Nesta etapa, já houve a liberação pelos órgãos regulatórios e já está em uso por grande parcela da população e só nesse passo pode-se medir a efetividade da iniciativa.
Vacinas COVID-19
Ainda estamos em vias de uma cobertura vacinal suficiente para alcançar a chamada “imunidade de rebanho”, mas a estimativa para a vacinação no Brasil em massa só será atingida na metade de 2022, segundo a Economist Intelligence Unit (EIU), divisão de pesquisa e análise da revista britânica The Economist.
Atualmente, essas são as vacinas mais usadas nas campanhas de vacinação ao redor do mundo:
NEJM Covid-19 Vaccine
O periódico The New England Journal of Medicine é uma das mais respeitadas publicações sobre medicina geral do mundo e durante a pandemia do novo coronavírus liberou o acesso para consulta aos conteúdos sobre a doença. Além disso, criou um centro de recursos sobre as vacinas COVID-19, incluindo perguntas frequentes, educação médica contínua, pesquisas publicadas e comentários.
Dot.Lib
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