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Conheça 3 nomes importantes na história da farmácia no mundo
  • Artigo
  • Ciências da Saúde
  • 25/09/2020
  • farmacêutico, farmácia, morfina, penicilina

Os farmacêuticos são profissionais da área da saúde  responsáveis por todo processo produtivo do medicamento, desde a produção, análise, manipulação e dispensação de remédios até chegar ao consumidor final. Além disso, orientam as pessoas sobre o uso seguro e racional de medicamentos. 

Ao longo dos séculos, eles foram substituindo os antigos boticários e apotecários que produziam medicamentos a partir de ativos naturais. Historicamente, a partir dos séculos X, com as boticas ou apotecas se deu a origem às atividades relacionadas à farmácia. Neste período, a medicina e a farmácia eram profissões sem distinção, ou seja, a mesma pessoa que diagnosticava uma doença era também quem produziria o remédio para a venda.

Para conhecer mais sobre a evolução da história da farmácia, vamos relembrar três grandes nomes da profissão e as suas descobertas fundamentais para saúde pública e a indústria da farmácia atual. 

1 - Carl William Scheele e os ácidos orgânicos (1742 - 1786)

O sueco-alemão Carl William Scheele é considerado um dos cientistas-farmacêuticos que mais contribuiu com a Ciência. Além disso, desenvolveu vários trabalhos na área da química. Seu primeiro contato com a química foi aos 14 anos, quando se tornou aprendiz de farmacêutico em Gotemburgo, na Suécia. A partir desse convívio diário com acesso aos produtos químicos e materiais científicos, começou a realizar suas primeiras experiências.

Uma de suas primeiras descobertas foi o ácido tartárico, um ácido orgânico cristalino branco que ocorre naturalmente em muitas frutas, como as uvas. Os produtores de vinho conheciam o ácido tartárico há séculos, mas Carl desenvolveu uma técnica para extraí-lo quimicamente. Esse também foi o seu primeiro trabalho científico publicado em 1770.

Entretanto, seus estudos químicos e descobertas não pararam. Entre os anos de 1772 a 1781 descobriu vários ácidos orgânicos, como: arsênico, fluorídrico, molíbdico, cítrico, gálico, lático, málico, oxálico, pirogálico, tartárico e úrico. Identificou a barita, a glicerina, o manganês e a lactose.  Ele descobriu ainda o cloro, a partir da pirólise do ácido muriático, obtendo um gás verde que foi caracterizado como um novo elemento químico. A Schelle também foi responsável por isolar o nitrogênio e o oxigênio, porém não divulgou os resultados desses trabalhos. 

2 - Friedrich Wilhelm Adam Sertürner e a morfina (1783 – 1841) 

A morfina foi o primeiro fármaco narcótico de alto poder analgésico utilizado para aliviar dores intensas - derivado do ópio. Atualmente, a substância é usada para aliviar a dor de pacientes com dores crônicas,  doenças em estágio avançado ou em pós operatório. Mas quem foi o grande criador deste medicamento?

A partir da dedicação e os estudos sobre as propriedades do ópio, realizados pelo farmacêutico  alemão Friedrich Wilhelm Adam Sertürner, a morfina entrou para a história. Em 1803, Serturner, aprendiz de farmácia com apenas 20 anos, isolou e extraiu do ópio cristais de morfina. Por essa descoberta, ele foi o primeiro cientista a isolar e a identificar o ingrediente ativo associado a uma planta ou erva medicinal.

O seu trabalho demonstrou ainda que as plantas medicinais contêm substâncias específicas que ao serem extraídas com eficácia e controladas com precisão podem ser a base de remédios fundamentais para promover a qualidade de vida e bem-estar das pessoas.

Sertürner batizou essa substância com o nome de morfina em homenagem ao deus grego do sono, Morpheus. Em 1809, sua descoberta foi reconhecida mundialmente após a publicação do seu artigo intitulado “Ueber das Morphium als Hauptbestandteil des Opiums”.

3 - Alexander Fleming e a penicilina (1881 - 1955)

A penicilina, considerado o primeiro antibiótico da humanidade, foi uma das descobertas científicas mais marcantes da história da ciência, da medicina e da farmácia no século XX.  O medicamento trouxe grandes mudanças no tratamento de doenças infecciosas que antes não tinham cura.

Essa descoberta aconteceu acidentalmente pelo médico, biólogo e também farmacologista escocês Alexander Fleming.  Após voltar da Primeira Guerra Mundial e impulsionado pela vontade de curar as feridas infectadas de soldados, iniciou seus estudos relacionados à bactéria Staphylococcus aureus.

Em 1928, ele observou pela primeira vez que as colônias da bactéria Staphylococcus aureus não cresceram nas áreas de uma cultura que havia sido acidentalmente contaminada pelo mofo verde Penicillium notatum. Assim, Fleming isolou o mofo, cultivou-o em um meio fluido e identificou que produzia uma substância capaz de matar muitas das bactérias comuns que infectam os humanos. Desse experimento por acaso surgiu a penicilina.

Ao longo dos anos, as pesquisas continuaram e, em 1938, a penicilina foi isolada pelo bioquímico Ernst Chain e pelo farmacêutico Howard Florey, na Inglaterra. Os avanços continuaram e, em 1940, o primeiro paciente humano recebeu antibiótico para curar uma grave infecção no sangue. 

Pela descoberta desse antibiótico e seus efeitos na cura de várias doenças infecciosas, Alexander Fleming, juntamente com Ernst Chain e Howard Florey, foi laureado com o Prêmio Nobel de Medicina, em 1945.

Dia Internacional do Farmacêutico 

Em reconhecimento aos diversos trabalhos desenvolvidos pelos farmacêuticos, antigamente e hoje, comemora-se no dia 25 de setembro o Dia Internacional do Farmacêutico.  A data foi instituída pelo Conselho da Federação Internacional Farmacêutica (FIP) com o objetivo de valorizar e mostrar a importância dos serviços prestados pelos profissionais à saúde pública.

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