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Os anestésicos são fármacos responsáveis por auxiliar na interrupção ou modificação de impulsos nervosos. O termo “anestesia” significa bloqueio geral ou parcial da sensibilidade de determinado órgão ou local do corpo. No entanto, devido aos efeitos colaterais observáveis, processos como o de analgesia, sedação, bloqueio ou relaxamento muscular são frequentemente confundidos, podendo ser usados com finalidades secundárias, como é o caso da cetamina.

A anestesia é constituída por quatro etapas. A primeira, conhecida como pré-medicação, corresponde à fase de tranquilização e relaxamento do paciente para o procedimento. A segunda, chamada de etapa de indução, é a fase em que se inicia a administração de agentes anestésicos e se prolonga até o momento da incisão.

A terceira etapa é a manutenção, que consiste no cuidado com o paciente, mantendo-o em plano cirúrgico até que o procedimento termine. E a última etapa é a recuperação, na qual o uso dos anestésicos é interrompido para que o paciente acorde logo após a finalização do procedimento cirúrgico.

Para sanar as dúvidas sobre os princípios básicos da anestesia, a Dot.Lib preparou um artigo com as principais informações para o entendimento do assunto, sob o ponto de vista farmacêutico.

Características ideais de um anestésico e seus principais efeitos

Da direita para a esquerda, exemplos de anestesias administradas por via inalatória e intravenosa (imagem: Canva).

A prática moderna se baseia no uso de associação de fármacos inalatórios e intravenosos, tirando proveito das propriedades favoráveis de cada um e minimizando seus efeitos colaterais. Dentre as características ideais de um anestésico, encontram-se:

- Indução da perda de consciência rápida e uniforme;

- Rapidez na reversão de sua interrupção;

- Ampla margem de segurança;

Já entre os principais efeitos observados em anestésicos, estão:

- Perda de consciência;

- Tontura;

- Dores musculares;

- Sensação de boca seca;

- Náuseas e vômitos;

- Tremores.

Tipos de anestésicos gerais

Imagem: Canva.

Como dito anteriormente, os anestésicos podem ser divididos em dois tipos principais: os endovenosos e os inalatórios. Os anestésicos endovenosos são representados por agentes de diferentes grupos farmacológicos, com diferentes estruturas químicas e mecanismos de ativação, entre os quais estão o propofol, a cetamina, o etomidato, a dexmedetomidina e outros.

Os anestésicos inalatórios são administrados por via respiratória durante as fases de indução e manutenção da anestesia previamente iniciada. Eles incluem agentes voláteis e gases. Os agentes voláteis são substâncias líquidas convertidas em gases por meio de vaporizadores. Eles atuam como hipnóticos, depressores do sistema respiratório e cardiovascular, além de apresentarem efeito analgésico limitado. Entre os agentes voláteis destacam-se o sevoflurano, halotano, isoflurano e o óxido nitroso.

No geral, os procedimentos anestésico-cirúrgicos podem exigir a administração de anestésicos inalatórios e intravenosos ao mesmo tempo. Desta forma, o manuseio se torna mais preciso e seguro ao paciente, além de possibilitar a redução de doses e, consequentemente, de sua toxicidade.

Adjuvantes na anestesia

Imagem: Canva.

Os adjuvantes atuam nas mais diversas funções que agregam a analgesia ao tratamento analgésico e geralmente são baseados em anti-inflamatórios não esteroides (AINES) e opioides. Esses medicamentos geralmente são administrados de duas maneiras: por meio da infusão contínua ou por via oral.

O regime de infusão contínua é voltado para dores agudas, principalmente no pós-imediato, e é frequentemente utilizado quando são associados medicamentos com dois ou mais adjuvantes. Entre os principais adjuvantes, estão:

- Antieméticos: evitam que o paciente tenha náuseas que podem ser desencadeadas pela anestesia;

- Benzodiazepínicos: reduzem a ansiedade;

- Opioides: são responsáveis pela analgesia, em caso de dores e incômodos;

- Anti-histamínicos: tem como objetivo prevenir reações alérgicas;

- Barbitúricos: são responsáveis pelo processo de sedação do paciente;

- Anticolinérgicos: são utilizados para evitar bradicardia;

- Bloqueadores neuromusculares: facilitam a intubação e promovem o relaxamento.

Estágios da anestesia

A seguir, confira um quadro explicativo sobre os quatro estágios da anestesia:

Imagem: Dot.Lib.

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Imagem: Dot.Lib / McGraw Hill.

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